VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

MAIS PROTAGONISMO, MENOS HESITAÇÕES



ZERO HORA 25 de novembro de 2014 | N° 17994


EDITORIAL


O Planalto precisa sair do imobilismo e tomar as decisões que o país aguarda em casos como o da Petrobras e da definição da equipe econômica.


São legítimas e democráticas as pressões dirigidas ao governo por políticos aliados e da oposição no momento em que a presidente Dilma Rousseff, acuada pelo escândalo da Petrobras, hesita na definição do ministério para o seu segundo mandato. Integrantes do PT criticam abertamente os nomes indicados para os ministérios da Fazenda e da Agricultura, por considerarem o senhor Joaquim Levy e a senadora Kátia Abreu muito comprometidos com o mercado e com a elite ruralista e pouco com as políticas sociais das administrações petistas. Ao mesmo tempo, lideranças oposicionistas no Congresso ameaçam o governo com CPIs e até mesmo com a possível abertura de um processo de impeachment exatamente quando o Planalto tenta aprovar um projeto que altera a meta fiscal, iniciativa com potencial para gerar intranquilidade em relação ao cumprimento de compromissos da dívida pública. O pano de fundo desta situação desconfortável para o governo continua sendo a investigação das irregularidades bilionárias cometidas na Petrobras.

O que pode fazer a presidente em meio a esse bombardeio? Pode – e deve – assumir o protagonismo que o país espera dela, cumprindo os compromissos de transparência e combate à corrupção que assumiu na recente campanha eleitoral.

No caso da Petrobras, já não basta alegar que as instituições fiscalizadoras, especialmente a Polícia Federal e o Ministério Público, nunca tiveram autonomia para fazer o seu trabalho. Ora, isso não é concessão do governo – é uma garantia constitucional que o Executivo sequer pode reivindicar. O que se espera da presidente Dilma Rousseff é que mexa imediatamente no sistema de governança na estatal, a começar pela substituição da presidente da empresa, que não conseguiu promover a depuração planejada nem combater a promiscuidade entre empreiteiras e dirigentes políticos.

Sobre a equipe econômica do governo, não há mais margem para hesitações. Depois da negativa do primeiro convidado para o ministério da Fazenda, senhor Luiz Carlos Trabuco, um outro recuo seria danoso demais para o mercado. Cabe à presidente, portanto, enfrentar as resistências ideológicas e confirmar logo os nomes anunciados extraoficialmente, até mesmo para que os escolhidos comecem a planejar o que farão para tirar o país da crise.

O Planalto precisa sair do imobilismo e tomar as decisões que o país aguarda em casos como o da Petrobras e da definição da equipe econômica.

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