ZH 06 de novembro de 2014 | N° 17975
PAULO SANT’ANA
A novidade agora é espetacular: anunciam o aumento do preço dos combustíveis muitos dias antes de ele ocorrer.
E, com isso, milhares de postos de gasolina aumentam os preços antes de ocorrer o aumento. Isso me dá vergonha de ser brasileiro.
Antes, o aumento dos preços dos combustíveis era cercado de pleno sigilo, isso impedia que os postos aumentassem antes do aumento.
Agora, não, anunciam o aumento que só vai ocorrer daqui a dias e os postos já começaram a reajustar seus preços. Uma canalhice inominável.
E quem anuncia o reajuste nos combustíveis antes de ele ocorrer é ninguém menos do que o governo.
Isso é uma estultice, isso é uma estupidez.
E o governo a tudo isso assiste, mais do que assiste, é instrumento dessa roubalheira.
Isso é lamentável.
E não sei como o governo não lamenta e não se peja de ser instrumento e autor dessa violência contra o bolso dos brasileiros.
Temos, então, que há agora, depois que Dilma foi reeleita, dois tipos de aumento dos combustíveis: o aumento real e o aumento anunciado. Paga-se quando há aumento e paga-se agora também quando não há aumento.
Isso é uma vergonha nacional.
Será que alguém submete esse escândalo à presidente Dilma? Será que alguém diz à presidente que esse é o preço que os brasileiros estão pagando por terem-na reeleito?
O nome disso (anunciar com antecedência de vários dias o aumento dos combustíveis) é literalmente um desgoverno.
Quem faz isso não tem piedade dos seus súditos. É a suprema irracionalidade da malvadeza.
Nem acredito que Dilma Rousseff tenha feito isso conscientemente. Não pode ser ato consciente. Pelo contrário, é ato da mais pura inconsciência e insensibilidade.
A todas essas, o governo mantém firmemente a intenção de liberar os preços dos combustíveis nos postos de abastecimento.
Isso é oferecer os galinheiros para serem administrados e policiados pelas raposas.
É o fim.
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