Peregrinos elogiam carinho do povo, mas criticam transportes. Falta de informações em pontos de ônibus é uma das reclamações
LUIZ GUSTAVO SCHMITT
O GLOBO
Publicado:18/07/13 - 5h00
Matteo Bracciotti e Alessandro Bertasa posam para foto na Praia de CopacabanaGustavo Stephan
RIO - Peregrinos pela segunda vez numa Jornada Mundial da Juventude (JMJ) — a primeira foi em Madri, em 2011 —, os italianos Alessandro Bertasa, de 37 anos, e Matteo Bracciotti, de 20, estão hospedados desde domingo na Paróquia Santo André, no Caju. Ainda dentro do avião, se surpreenderam com a vista panorâmica das praias e da estátua do Cristo Redentor. O êxtase inicial, no entanto, se dissipou no dia seguinte, quando levaram quase duas horas para ir de ônibus do Caju até a Catedral Metropolitana, na Lapa. No ponto, não havia informações sobre os itinerários das linhas. Só conseguiram chegar ao destino com a ajuda de passageiros, que explicaram qual coletivo deviam tomar e onde deveriam descer. No caminho, ainda enfrentaram engarrafamento.
A história dos italianos reflete o cotidiano dos peregrinos estrangeiros que, desde o início da semana, já estão na cidade e usufruem do melhor e do pior que o Rio tem a oferecer. Eles elogiam o carinho e a receptividade dos cariocas e dão nota 10 à cidade no quesito beleza, mas se dizem surpreendidos com a precariedade dos transportes públicos e com os preços dos serviços, que consideram salgados.
— Fomos ao Cristo e ficamos impressionados com a vista. O povo brasileiro também é muito acolhedor, alegre e está sempre disposto a ajudar. A única coisa que estranhamos são os problemas nos transportes. Andar de ônibus tem sido uma aventura. Os motoristas correm muito. É preciso segurar firme para não cair quando aceleram e freiam — disse o sorridente Bertasa, enquanto caminhava pela orla de Copacabana, na tarde de ontem.
— O que dificulta a vida dos turistas é que não há um mapa nos pontos de ônibus com os números das linhas e seus respectivos itinerários — acrescentou Bracciotti.
De acordo com a organização da JMJ, são esperados até 350 mil peregrinos de diversos países, como a Polônia, cotada para ser a próxima sede do evento. Há uma semana no Brasil, a estudante polonesa Joanna Golowiska, de 25 anos, reclamou dos preços.
— O alto custo dos serviços não condiz com a qualidade. Pago em média R$ 20 por um almoço. Na Polônia, isso seria suficiente para duas pessoas comerem — disse Joanna, que no início da tarde acompanhou jovens que carregavam a Cruz Peregrina em frente ao Palácio São Joaquim, na Glória.
Pela manhã, um grupo de 13 jovens ingleses chamava a atenção dos banhistas na Praia Vermelha, na Urca. Eles aproveitavam a praia após uma visita ao Pão de Açúcar.
— Estamos sendo muito bem tratados e ficamos encantados com a beleza da cidade — disse o inglês Tom Blackburn, de 18 anos, que está hospedado em Barra do Piraí, com cerca de 180 jovens da Inglaterra e da Escócia.
Publicado:18/07/13 - 5h00
Matteo Bracciotti e Alessandro Bertasa posam para foto na Praia de CopacabanaGustavo Stephan
RIO - Peregrinos pela segunda vez numa Jornada Mundial da Juventude (JMJ) — a primeira foi em Madri, em 2011 —, os italianos Alessandro Bertasa, de 37 anos, e Matteo Bracciotti, de 20, estão hospedados desde domingo na Paróquia Santo André, no Caju. Ainda dentro do avião, se surpreenderam com a vista panorâmica das praias e da estátua do Cristo Redentor. O êxtase inicial, no entanto, se dissipou no dia seguinte, quando levaram quase duas horas para ir de ônibus do Caju até a Catedral Metropolitana, na Lapa. No ponto, não havia informações sobre os itinerários das linhas. Só conseguiram chegar ao destino com a ajuda de passageiros, que explicaram qual coletivo deviam tomar e onde deveriam descer. No caminho, ainda enfrentaram engarrafamento.
A história dos italianos reflete o cotidiano dos peregrinos estrangeiros que, desde o início da semana, já estão na cidade e usufruem do melhor e do pior que o Rio tem a oferecer. Eles elogiam o carinho e a receptividade dos cariocas e dão nota 10 à cidade no quesito beleza, mas se dizem surpreendidos com a precariedade dos transportes públicos e com os preços dos serviços, que consideram salgados.
— Fomos ao Cristo e ficamos impressionados com a vista. O povo brasileiro também é muito acolhedor, alegre e está sempre disposto a ajudar. A única coisa que estranhamos são os problemas nos transportes. Andar de ônibus tem sido uma aventura. Os motoristas correm muito. É preciso segurar firme para não cair quando aceleram e freiam — disse o sorridente Bertasa, enquanto caminhava pela orla de Copacabana, na tarde de ontem.
— O que dificulta a vida dos turistas é que não há um mapa nos pontos de ônibus com os números das linhas e seus respectivos itinerários — acrescentou Bracciotti.
De acordo com a organização da JMJ, são esperados até 350 mil peregrinos de diversos países, como a Polônia, cotada para ser a próxima sede do evento. Há uma semana no Brasil, a estudante polonesa Joanna Golowiska, de 25 anos, reclamou dos preços.
— O alto custo dos serviços não condiz com a qualidade. Pago em média R$ 20 por um almoço. Na Polônia, isso seria suficiente para duas pessoas comerem — disse Joanna, que no início da tarde acompanhou jovens que carregavam a Cruz Peregrina em frente ao Palácio São Joaquim, na Glória.
Pela manhã, um grupo de 13 jovens ingleses chamava a atenção dos banhistas na Praia Vermelha, na Urca. Eles aproveitavam a praia após uma visita ao Pão de Açúcar.
— Estamos sendo muito bem tratados e ficamos encantados com a beleza da cidade — disse o inglês Tom Blackburn, de 18 anos, que está hospedado em Barra do Piraí, com cerca de 180 jovens da Inglaterra e da Escócia.
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