Gastos seguem em alta apesar das promessas de austeridade feitas por Renan Calheiros e do fim do ambulatório da Casa
Débora Álvares - O Estado de S. Paulo, 30 de julho de 2013 | 23h 24
BRASÍLIA - Os gastos do Senado com saúde, que Renan Calheiros (PMDB-AL) prometeu reduzir quando tomou posse em fevereiro, continuam tão altos quanto em 2012 e podem até estourar o orçado. De janeiro a julho – ou seja, passados 58,3 % do tempo – o Senado já gastou 74% de toda a verba prevista para assistência médica para o ano inteiro. A cifra de R$ 77,8 milhões custeou despesas com saúde de senadores, ex-senadores, funcionários, ex-funcionários e familiares.
No ano passado, último de José Sarney (PMDB-AP) à frente da presidência da Casa, as despesas médicas atingiram o recorde da última década, com um gasto de R$ 115,2 milhões. Tão logo tomou posse na Casa, Renan anunciou o fim do atendimento ambulatorial da Casa, que servia a funcionários e parlamentares. Disse que iria economizar R$ 6 milhões por ano.
Na época, o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal contestou a economia de R$ 6 milhões alegada por Renan. Cálculo da entidade mostra uma sobrecarga do plano de saúde, o SIS, com a medida e aponta prejuízo de R$ 14 milhões.
A Casa diz que "aprimorou seus mecanismos internos para proporcionar agilidade no pagamento das despesas" médicas. Hoje, o Senado custeia a saúde de 24 mil pessoas, entre senadores, ex-senadores, funcionários, ex-funcionários e familiares. Os senadores não têm limite de despesas médicas.
A Casa afirmou ainda que os gastos referentes à assistência médica englobam mais do que despesas com o plano de saúde e com reembolsos: estão inclusos itens como despesas com exercícios anteriores, contratos de mão de obra, material de consumo, entre outros.
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