ZERO HORA ONLINE 16/07/2013 | 13h54
Invasão na Câmara
Manifestantes e Vereadores discutem rumos da ocupação na Câmara. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o vereador Thiago Duarte se emociona e chora ao vivo
Matheus Gomes e Lorena Castillos, do Bloco de Lutas, em entrevista nos estúdios da GaúchaFoto: Rosane de Oliveira / Agencia RBS
O prolongamento da ocupação da Câmara de Vereadores de Porto Alegre tem acirrado o impasse entre parlamentares e manifestantes. Nesta manhã, os dois lados foram ouvidos, em dois momentos diferentes, no programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
Para os representantes do Bloco de Lutas, Matheus Gomes e Lorena Castillo, a ocupação do Legislativo foi o ápice da "insatisfação com a gestão da prefeitura". Já o presidente da Câmara Municipal, vereador Thiago Duarte (PDT), acredita que os manifestantes tornaram o Parlamento refém do grupo que, segundo Duarte, seria um movimento político coordenado por PSTU, PSOL e PT. As entrevistas foram realizadas um dia depois da reintegração de posse do prédio ser suspensa por determinação da juíza Cristina Luisa Marquesan da Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre.
Segundo Duarte, há funcionários e vereadores com medo de voltar para a Câmara. Gomes rejeita a ideia. Ele afirma que "diversos vereadores, inclusive da base governista do Fortunati, têm ido para ver como estão as coisas".
— Propomos que, na segunda-feira, desocuparíamos espontaneamente, sem a presença da Brigada Militar, sairíamos às 9h. Mas sábado, numa posição de ruptura, o vereador Thiago Duarte se levantou da mesa e encerrou a negociação. O que nos estranha é que domingo, junto de outros vereadores, o presidente da Câmara foi numa churrascaria decidir que não trabalhariam na segunda nem na terça-feira — afirmou Lorena.
Uma das condições para deixarem o plenário é o debate de dois projetos de lei elaborados pelo grupo durante a ocupação, nos quais eles defendem o passe-livre para estudantes e desempregados, a divulgação das planilhas de custo das empresas de transporte coletivo e a reformulação do Conselho Municipal de Trânsito.
— Eu negociei quarta-feira até as 2h da manhã. Na quinta-feira voltei ao local e negociei até o final. Na sexta tivemos uma reunião em conjunto com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). No sábado, eu desmarquei cirurgias que tinha para ficar até as 14h. A única coisa que pedimos foi que deixassem a Câmara antes de segunda — disse Duarte, que se mostrou emocionado durante a entrevista.
Rechaçando quaisquer possibilidades de negociação direta com o grupo, o vereador afirmou:
— Por mais legítimas que sejam as reivindicações do grupo, os vereadores não vão ser reféns. Eu não vou permitir que isso aconteça. Para a democracia é preciso liberdade de opinião.
Invasão na Câmara
Manifestantes e Vereadores discutem rumos da ocupação na Câmara. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o vereador Thiago Duarte se emociona e chora ao vivo
Matheus Gomes e Lorena Castillos, do Bloco de Lutas, em entrevista nos estúdios da GaúchaFoto: Rosane de Oliveira / Agencia RBS
O prolongamento da ocupação da Câmara de Vereadores de Porto Alegre tem acirrado o impasse entre parlamentares e manifestantes. Nesta manhã, os dois lados foram ouvidos, em dois momentos diferentes, no programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
Para os representantes do Bloco de Lutas, Matheus Gomes e Lorena Castillo, a ocupação do Legislativo foi o ápice da "insatisfação com a gestão da prefeitura". Já o presidente da Câmara Municipal, vereador Thiago Duarte (PDT), acredita que os manifestantes tornaram o Parlamento refém do grupo que, segundo Duarte, seria um movimento político coordenado por PSTU, PSOL e PT. As entrevistas foram realizadas um dia depois da reintegração de posse do prédio ser suspensa por determinação da juíza Cristina Luisa Marquesan da Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre.
Segundo Duarte, há funcionários e vereadores com medo de voltar para a Câmara. Gomes rejeita a ideia. Ele afirma que "diversos vereadores, inclusive da base governista do Fortunati, têm ido para ver como estão as coisas".
— Propomos que, na segunda-feira, desocuparíamos espontaneamente, sem a presença da Brigada Militar, sairíamos às 9h. Mas sábado, numa posição de ruptura, o vereador Thiago Duarte se levantou da mesa e encerrou a negociação. O que nos estranha é que domingo, junto de outros vereadores, o presidente da Câmara foi numa churrascaria decidir que não trabalhariam na segunda nem na terça-feira — afirmou Lorena.
Uma das condições para deixarem o plenário é o debate de dois projetos de lei elaborados pelo grupo durante a ocupação, nos quais eles defendem o passe-livre para estudantes e desempregados, a divulgação das planilhas de custo das empresas de transporte coletivo e a reformulação do Conselho Municipal de Trânsito.
— Eu negociei quarta-feira até as 2h da manhã. Na quinta-feira voltei ao local e negociei até o final. Na sexta tivemos uma reunião em conjunto com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). No sábado, eu desmarquei cirurgias que tinha para ficar até as 14h. A única coisa que pedimos foi que deixassem a Câmara antes de segunda — disse Duarte, que se mostrou emocionado durante a entrevista.
Rechaçando quaisquer possibilidades de negociação direta com o grupo, o vereador afirmou:
— Por mais legítimas que sejam as reivindicações do grupo, os vereadores não vão ser reféns. Eu não vou permitir que isso aconteça. Para a democracia é preciso liberdade de opinião.
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