VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sábado, 13 de julho de 2013

USO DE AVIÃO DA FAB POR AUTORIDADES CRESCE 39%

REVISTA VEJA 13/07/2013 - 09:47

Política

Uso de avião da FAB por autoridades cresce 39% no governo Dilma

Solicitações de uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira somaram 1.664 no primeiro semestre deste ano, contra 1.471, em 2012, e 1.201, em 2011


Senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) (Dida Sampaio/AE e Beto Barata)

Apenas no primeiro semestre deste ano autoridades federais fizeram 1.664 solicitações de uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), um aumento de quase 39% em relação aos pedidos feitos no primeiro semestre do governo Dilma Rousseff, em 2011. Em média, nove autoridades decolaram por dia em jatinhos oficiais de janeiro a junho. Nesses seis meses, os aviões levaram chefes de 42 órgãos públicos federais e seu estafe. Os políticos fazem solicitações individuais, mas pode haver compartilhamento de voo, principalmente porque, frequentemente, as autoridades decolam para cumprir agendas oficiais combinadas a compromissos partidários ou privados.

A Aeronáutica, no entanto, diz que não divulgará a relação de caronas em cada viagem. A justificativa é que a lista de passageiros é descartada depois da chegada do avião ao destino. Sem os nomes dos acompanhantes, a fiscalização de eventuais abusos no embarque de pessoas não autorizadas, para fins privados, ficará prejudicada. Por norma de segurança, as identidades dos ocupantes de um jato têm de ser registradas antes da partida. Assim, se houver acidente, é possível identificar vítimas.

De janeiro a junho de 2013, a média diária de solicitações foi maior que no mesmo período em 2011 (6,6) e em 2012 (8). Em 2011, foram 1.201 solicitações no período. No ano passado, 1.471. Esses dados terão de ser enviados em 30 dias ao Senado, que aprovou pedido de explicações sobre o uso da frota da FAB a partir de 2010.

Viagens irregulares - O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pagou 9 700 reais depois da revelação de que ele deu carona a parentes em viagem de Natal ao Rio de Janeiro, na qual assistiram à final da Copa das Confederações e fizeram passeios. Primo do deputado, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB-RN), também voou à capital fluminense para ver o jogo e restituiu 2 545 reais aos cofres públicos. Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que foi de Maceió a Trancoso (BA) para a festa de casamento do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), desembolsou 32 000 reais, depois de revelada a viagem. Os três são alvos de investigações preliminares do Ministério Público Federal, que apura se houve improbidade administrativa e se o cálculo das devoluções foi correto.

Campeão - No primeiro semestre deste ano, ninguém voou tanto quanto o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que decolou 110 vezes, na maioria dos casos a partir ou para São Paulo, onde tem residência permanente. Padilha é cotado para disputar o governo do Estado pelo PT. Ele explica, por meio de sua assessoria, que a agenda para pactuar políticas do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país exige o uso de aeronaves. No ranking dos que mais voam pela FAB, figuram ainda os titulares do Desenvolvimento, Fernando Pimentel (101), da Justiça, José Eduardo Cardozo (91), e do Esporte, Aldo Rebelo (81). Os ministros alegam cumprir as regras do decreto presidencial 4.244, que regulamenta o transporte pela FAB, e atribuem os voos recorrentes à extensa lista de atribuições em todo o país.

(Com Estadão Conteúdo)


REVISTA ÉPOCA 12/07/2013 - 10:29

Passe livre aéreo. Deputados pedem carona em ‘voo da FAB para ver o papa’.Câmara organiza ida de líderes das bancadas à recepção do pontífice no Rio


Deputados no plenário da Câmara (Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados prepara um "voo do papa" para levar parlamentares à recepção oficial ao papa Francisco no dia 22 de julho, quando o pontífice estará no Rio de Janeiro por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, evento da Igreja Católica que deve receber mais de 2 milhões de pessoas. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) deve sair de Brasília no dia do evento.

Pelo menos 20 deputados já pediram ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para entrar na comitiva que vai recepcionar o papa. Os líderes partidários, por sua vez, foram convidados por Alves e aguardam ainda mais informações para saber se será possível a carona em um avião da FAB para todos.

Um modelo de maior capacidade deverá ser requisitado, uma vez que a aeronave usada de forma mais constante pelos dirigentes do Legislativo dispõe de catorze poltronas. A viagem terá caráter oficial. O convite aos parlamentares foi feito pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, que organiza a Jornada Mundial da Juventude.

A composição da comitiva ainda não foi fechada pela presidência da Câmara, nem a aeronave foi solicitada oficialmente à FAB.

Além dos parlamentares, a presidente da República, Dilma Rousseff, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e o prefeito da cidade, Eduardo Paes (PMDB), farão a recepção ao pontífice no dia de sua chegada ao Brasil. Segundo a agenda oficial, a cerimônia de boas-vindas acontecerá no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense. Neste local, o papa Francisco fará seu primeiro discurso no Brasil. Esta será a primeira viagem internacional do papa desde sua ascensão ao cargo, em março deste ano.

Copa - A viagem para a recepção ao papa será a primeira de Alves ao Rio desde a final da Copa das Confederações, em 30 de junho. Naquela ocasião quem se beneficiou da caronaforam amigos e familiares do presidente da Câmara. Alves levou a noiva, Laurita Arruda, o irmão dela, Arturo, e sua esposa, Larissa, além de um filho e dois enteados. O Ministério Públicodecidiu investigar a viagem de Alves e depois as do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB).

Nenhum comentário: