VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 8 de julho de 2014

CIVILIZADO, MAS POUCO OBJETIVO


ZERO HORA 08 de julho de 2014 | N° 17853


EDITORIAL


O ponto mais positivo do primeiro debate entre os candidatos ao governo do Estado foi deixar evidente como pretendem comportar-se na campanha.


O primeiro debate entre os oito candidatos que pleiteiam o governo do Estado, transmitido pela Rádio Gaúcha e pela TVCOM na noite de domingo, foi uma espécie de apresentação dos pretendentes e teve o mérito de mostrar o tom civilizado com que a campanha deve se desenvolver. Faltou, porém, um pouco mais de realismo e profundidade na defesa dos projetos e na análise de temas fundamentais para o desenvolvimento do Estado.

Cabe reconhecer que o formato do encontro, sob as regras rígidas da Justiça Eleitoral, dificulta explanações mais abrangentes. Ainda assim, ficou a impressão de que os candidatos perderam a oportunidade de um momento de altíssima exposição para apresentar ideias criativas e propostas factíveis. Espera-se que, no decorrer da campanha, ainda possam fazê-lo, pois os eleitores têm o direito de saber exatamente como o futuro governante fará para solucionar problemas históricos, como a renegociação da dívida com a União e a falta de recursos para a manutenção e a qualificação de serviços básicos.

O ponto mais positivo deste primeiro debate foi exatamente deixar evidente como os candidatos pretendem comportar-se na campanha, tanto do ponto de vista das críticas a adversários quanto em relação às teses que defendem. Falta, agora, que aproveitem a campanha e os espaços de mídia assegurados pela legislação eleitoral para detalhar seus projetos e apresentá-los ao público de maneira transparente. Uma das questões em aberto, por exemplo, é a fonte de recursos para tudo o que os candidatos projetam fazer. Num Estado reconhecidamente carente de recursos, os contribuintes precisam ter certeza de que o administrador terá competência para controlar os gastos públicos e para aplicar bem o dinheiro da arrecadação de tributos. Se no primeiro debate ficou claro que os pretendentes ao comando do Estado estão bem-intencionados, falta agora saber se seus projetos são factíveis e adequados à expectativa da sociedade rio-grandense. Os problemas do Estado são muitos – e não poderão ser resolvidos apenas com promessas e discursos bonitos.

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