VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

domingo, 6 de julho de 2014

NOSSO VOTO VAI PARA O LEITOR

ZERO HORA 06 de julho de 2014 | N° 17851



CARTA DA EDITORA | Marta Gleich




Nas redações de jornais de todo o país, o ano de 2014 foi planejado com dois grandes momentos: Copa do Mundo e Eleições. Duas grandes coberturas, dois assuntos de altíssimo interesse dos leitores.

Neste domingo, a emoção da Copa abre espaço para o início oficial da campanha eleitoral, um tema menos envolvente, mas fundamental para a vida do país. A partir de agora, a propaganda poderá tomar conta das ruas, candidatos começam a apertar a mão de potenciais eleitores, comícios estão liberados. ZH foca na campanha, trazendo reportagens voltadas para o cidadão, mostrando os problemas que esperam os eleitos.

Há mais de 20 anos, ZH tem pautado a cobertura de eleições pelo interesse do público. Não fazemos, aqui, reportagens para candidatos ou partidos. Nosso enfoque é a vida do leitor/eleitor, o que interessa a ele, o que pode mudar na sua vida em termos de saúde, educação, segurança, transporte, emprego, infraestrutura, economia e assim por diante.

É um período de muita pressão sobre as redações. Os candidatos e seus militantes leem o jornal com lupa e, se não gostam de uma frase, ligam para reclamar. Sem problema, faz parte. Estamos calejados e preparados para isso, e costumamos explicar a todos nossos critérios técnicos e o enfoque no leitor/eleitor. Não somos infalíveis: se erramos, admitimos e corrigimos nossos erros.

Mas costumamos dizer na redação que cada candidato, se pudesse optar, gostaria de ver sua foto (com Photoshop!) gigante na capa, com uma manchete positiva e, ainda, algo como “vote em mim”. Isso a gente já vê na propaganda política, não? Jornalismo é outra coisa.

Junto com a campanha, aparecem enxurradas de promessas. Cabe aos profissionais de ZH destrinchar essas propostas, mostrando se são viáveis ou não. Outro ponto importante é questionar os políticos para que falem de assuntos polêmicos ou de difícil solução, mas de alto interesse do cidadão comum. O eleitor precisa saber o que pensam os candidatos e cabe a nós, jornalistas, apresentar isso de forma didática. Em detalhes. Não somente “melhorar a educação”, coisa que todos prometem, mas “como resolver”, por exemplo, a queda na qualidade do ensino, a falta de infraestrutura nas escolas públicas e a evasão escolar.

O período é de cuidados redobrados, porque não estamos aqui para favorecer este ou aquele, ou cair em denuncismos e bate-bocas inócuos, tão típicos dos meses que antecedem as eleições. Somente um time de profissionais isentos saberá avaliar o que é notícia e o que agrega ao leitor.

E, por fim, não custa repetir. Não temos partido nem torcemos para A ou B. Nosso candidato é o leitor, nossa torcida e nosso trabalho são para ele.

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