VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

PARTIDOS PRAGMÁTICOS PARA A BOA GESTÃO NACIONAL



JORNAL DO COMÉRCIO 09/07/2014


EDITORIAL



Não começou ainda a propaganda política no horário gratuito de rádio e TV. No entanto, há críticas contra o excesso de partidos, candidatos e pelo amalgamento ideológico que funde agremiações com postulados, às vezes, diametralmente opostos. Ora, o País precisa de reformas de base, como a política, a tributária, a fiscal e a previdenciária, para sair da mesmice do endividamento, mesmo que esse seja, nos últimos anos, bem menor do que antes. Entretanto, a economia do Brasil enfrenta desafios crescentes antes das eleições presidenciais de 2014, em outubro, e deve permanecer fraca ao longo do resto do ano, segundo a agência de classificação de riscos Moody’s.

A tendência negativa de crédito, de um crescimento menor e uma inflação maior sugere que as condições macroeconômicas não devem melhorar durante o resto do ano, mesmo depois que a incerteza em torno das eleições gerais deste ano for amenizada, de acordo com os analistas da agência. Por isso, é esperado um crescimento menor do PIB real de 1,3% em 2014 e de 1,5% em 2015, com riscos inclinados para o lado negativo.

Quando o povo não acredita na probidade dos seus políticos e nos partidos que existem, a imoralidade acaba se espalhando. Nikita Kruschev, líder da extinta União das Repúblicas Soviéticas (URSS), dizia que “os políticos em qualquer parte são os mesmos. Eles prometem construir pontes mesmo quando não há rios”. Será que, nesta próxima campanha, teremos que chegar a essa conclusão? Talvez um exagero, porém, a sensação que paira sobre os políticos em geral e os partidos é de descrença. O saldo da balança comercial continua pequeno para as necessidades do País. Estamos importando, agora, menos e exportando muito pouco. A inflação nos últimos 12 meses chegou a 6,52%, passando do teto da meta, que é de 6,5%. Além do mais, a dívida pública supera os R$ 2 trilhões. Por ela, pagamos de juros, em 2013, cerca de R$ 206 bilhões. Ora, fácil é a percepção de que algo precisa ser feito para acabar com essa sangria desatada. Está errado pagar tanto, embora um certo nível de endividamentos nas três esferas de poder público seja aceitável, visando à manutenção de um estado de bem-estar social.

Lembremo-nos da lei do economista Keynes, segundo a qual a dificuldade não está nas ideias novas, mas em escapar das antigas. Aí está o nosso problema, deixar velhas, surradas e ineficientes ideias superadas para formular o que é preciso fazer, mas com uma dose de sacrifício e muito planejamento de longo prazo, algo que normalmente desprezamos.

Nos casos de corrupção, as pessoas se espantam, bradam, pedem punições, justiça e que os larápios das verbas oficiais sejam trancafiados. É na educação — desde a mais tenra idade — que está a cura para os nossos males. Não existem instituições corruptas no País, mas sim pessoas sem ética e moral sólidas. Na autocura, todos devem seguir em frente. Os brasileiros, querendo, são maiores que as dificuldades que enfrentam. Mas a vida nacional não é tão frágil assim. O que falta é determinação e gestão. A lei de Franklin Roosevelt diz que um conservador é um homem com duas excelentes pernas que, contudo, nunca aprendeu a andar para frente. Serão assim os políticos brasileiros?


COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Pelo próprio significado da palavra, os partidos brasileiros enxergam a governança sob uma lógica prática e objetivos reais que interessam aos partidos e não ao povo brasileiro, que conduzem a um Estado para resoluções rápidas e gestão de planos práticos, pontuais, calculistas, ilusórios, improvisados e nada estratégicos ou diplomata, pois o poder é exercido em benefício dos partidos e visando a manutenção do poder. Neste cenário, o brasileiro é contribuinte e seus direitos de cidadão são secundários e irrelevantes.

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