VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

O PAPEL DO ELEITOR


ZERO HORA 31 de julho de 2014 | N° 17876


EDITORIAL



Os candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais estão participando de uma verdadeira maratona de entrevistas, debates e sabatinas nestes últimos dias que precedem o início da propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão. Questionados por jornalistas e representantes de entidades classistas, eles vêm recebendo sucessivas oportunidades de expor ao eleitorado seus programas de governo e suas ideias de administração pública, invariavelmente sob o olhar e a crítica dos demais candidatos. Apesar da rigidez das regras estabelecidas e do tempo restrito em programas com muitos participantes, trata-se de uma forma transparente e democrática de avaliação de visões políticas.

Ainda assim, fica uma dúvida: será que o eleitor está aproveitando esses momentos de transparência e democracia para colher informações que lhe permitam fazer uma boa escolha na hora de eleger seus governantes e representantes legislativos? As pesquisas eleitorais têm demonstrado que uma parcela expressiva do eleitorado simplesmente desconhece os pretendentes a cargos públicos nas suas regiões. Esse é um comportamento social que precisa ser modificado. Na sociedade do conhecimento e da comunicação instantânea, já não se justificam mais a alienação e a rejeição à política. Só teremos governantes e representantes dignos quando os cidadãos se interessarem pelo processo eleitoral e fiscalizarem com rigor tanto os candidatos que se oferecem ao pleito quanto os eleitos.

A atual legislação, infelizmente, não favorece o interesse dos eleitores pela campanha. Ao permitir coligações partidárias destituídas de identidade programática e voltadas apenas para o aproveitamento do tempo de tevê, acaba impondo aos eleitores uma programação comprometida apenas com a propaganda, cara e desvinculada da realidade. Ao mesmo tempo, restringe o trabalho jornalístico da mídia eletrônica.

Por isso, o eleitor brasileiro precisa fazer uso dos recursos que a tecnologia oferece para buscar informações independentes e para questionar seus representantes políticos pelos meios que estiverem ao seu alcance. Mesmo com propaganda suspeita e espaços jornalísticos cerceados, a democracia proporciona outras formas de acesso à informação e outros instrumentos para que o cidadão se transforme em protagonista efetivo do processo eleitoral.

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