GERMANO RIGOTTO*
Começou a campanha eleitoral. É tempo de deixar que a política tome o palco. Até outubro, todos os brasileiros podem refletir sobre o voto, um exercício individual valioso – que não pode ser delegado, que não pode ser refutado, que não pode ser descompromissado.
A candidatura ou a filiação partidária são formas valiosas de participação, mas não as únicas. E participar não significa legitimar tudo o que está aí ou reproduzir padrões. Pelo contrário: a consciência política mais valiosa é aquela que se dá com crítica, sem subjugação ou dependência. Envolver-se no assunto, mesmo que de leve, é necessário para um processo de qualificação. E isso não depende dos políticos, mas dos cidadãos.
Precisamos realizar as reformas de que o país necessita. Tal anseio deve vir de baixo – da opinião pública rumo às instituições. Caso contrário, seguiremos navegando nos mares conformistas do mero governismo ou do mero oposicionismo. Ou então do fisiologismo, do carguismo e dos muitos “ismos” que obscurecem nossa política.
Salvo exceções, os arranjos partidários mostraram a essência do nosso caótico sistema político. Bem diferente do que pediu o povo nas ruas, certas burocracias continuam muito distantes de uma representação adequada da sociedade. Grande parte das decisões ocorreu nas cúpulas, distante dos verdadeiros desejos das bases. A coerência dos partidos de Norte a Sul, se já não existia no plano programático e ideológico, tampouco resistiu ao plano eleitoral.
O sistema que está aí joga contra a evolução da política, e isso precisa ser discutido inclusive durante a campanha. Chegou a hora de desenvolver uma legislação que aproxime o eleitor do eleito, que diminua o número de partidos e os torne mais democráticos. Enfim, há um sem-número de reformas a fazer para colocar a política e o desenvolvimento do país em outro patamar.
Mas isso só será possível com participação, jamais com omissão. Política é com cada um de nós, sim! Façamos da eleição, portanto, um tempo de otimismo. Otimismo crítico, em que impere a vontade de construir um Brasil melhor. As contradições expostas só reforçam o quanto devemos tocar essa mudança. Precisamos unir forças para qualificar a política, sem mais esperar.
*EX-GOVERNADOR DO ESTADO
Começou a campanha eleitoral. É tempo de deixar que a política tome o palco. Até outubro, todos os brasileiros podem refletir sobre o voto, um exercício individual valioso – que não pode ser delegado, que não pode ser refutado, que não pode ser descompromissado.
A candidatura ou a filiação partidária são formas valiosas de participação, mas não as únicas. E participar não significa legitimar tudo o que está aí ou reproduzir padrões. Pelo contrário: a consciência política mais valiosa é aquela que se dá com crítica, sem subjugação ou dependência. Envolver-se no assunto, mesmo que de leve, é necessário para um processo de qualificação. E isso não depende dos políticos, mas dos cidadãos.
Precisamos realizar as reformas de que o país necessita. Tal anseio deve vir de baixo – da opinião pública rumo às instituições. Caso contrário, seguiremos navegando nos mares conformistas do mero governismo ou do mero oposicionismo. Ou então do fisiologismo, do carguismo e dos muitos “ismos” que obscurecem nossa política.
Salvo exceções, os arranjos partidários mostraram a essência do nosso caótico sistema político. Bem diferente do que pediu o povo nas ruas, certas burocracias continuam muito distantes de uma representação adequada da sociedade. Grande parte das decisões ocorreu nas cúpulas, distante dos verdadeiros desejos das bases. A coerência dos partidos de Norte a Sul, se já não existia no plano programático e ideológico, tampouco resistiu ao plano eleitoral.
O sistema que está aí joga contra a evolução da política, e isso precisa ser discutido inclusive durante a campanha. Chegou a hora de desenvolver uma legislação que aproxime o eleitor do eleito, que diminua o número de partidos e os torne mais democráticos. Enfim, há um sem-número de reformas a fazer para colocar a política e o desenvolvimento do país em outro patamar.
Mas isso só será possível com participação, jamais com omissão. Política é com cada um de nós, sim! Façamos da eleição, portanto, um tempo de otimismo. Otimismo crítico, em que impere a vontade de construir um Brasil melhor. As contradições expostas só reforçam o quanto devemos tocar essa mudança. Precisamos unir forças para qualificar a política, sem mais esperar.
*EX-GOVERNADOR DO ESTADO
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