VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 2 de julho de 2013

O GOVERNO ACUADO

ZERO HORA 02 de julho de 2013 | N° 17479


EDITORIAIS


As pesquisas de opinião pública mostram claramente que o governo federal mais especificamente a presidente Dilma Rousseff está no foco do descontentamento refletido pelas manifestações populares. Não é só o Executivo: governantes, gestores públicos, políticos em geral, instituições sociais, entre as quais a mídia, também estão sendo demandados a refletir sobre a insatisfação e sobre suas relações com a sociedade. Mas a queda na popularidade presidencial, independentemente de conotações eleitorais, evidencia a urgência de ações concretas por parte do governo federal, do Congresso e do Judiciário para o atendimento das demandas mais urgentes, que vão do combate efetivo à corrupção a uma revisão do sistema político.

Às vésperas do início de nova campanha presidencial, é inevitável que a repercussão das manifestações de rua e o impacto provocado nas instituições acabem influenciando tanto o comportamento de integrantes da base de apoio ao governo quanto da oposição. Ainda assim, esse é um momento em que políticos colocados de um lado e outro, em ambos os casos na mira dos protestos, saibam discernir com objetividade as demandas das ruas, posicionando-as acima das preocupações eleitorais.

À sua maneira, os poderes constituídos vêm reagindo à pressão das ruas, encaminhando alternativas de solução que tentam ir ao encontro do clamor popular. A reunião ministerial presidida ontem pela presidente Dilma, com o objetivo de afinar a equipe em torno dos cinco pactos propostos como resposta às gestões dos manifestantes, além de definir o encaminhamento da reforma política, tem a ver com essa preocupação – ainda que não tenha contemplado um dos questionamentos permanentes, que é o inchaço do primeiro escalão.

As decisões tomadas até agora reafirmam que, infelizmente, os poderes constituídos no Brasil só agem sob pressão. Nessas circunstâncias, é preciso afastar alguns riscos, entre os quais o de se evitar oportunismos e as consequências de decisões tomadas às pressas, que podem gerar ainda mais insatisfações.

Diante de tantos questionamentos sobre gastos desnecessários, o governo e as organizações envolvidas nos eventos têm o dever de prestar contas sistematicamente à população.

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