VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 17 de junho de 2014

A NECESSÁRIA REINVENÇÃO DAS CIDADES



ZERO HORA 7 de junho de 2014 | N° 17831

ARTIGOS


CLAUDIO DILDA*




Normalmente designados como “altos e baixos”, os ciclos ocorrem nas estruturas dos diversos segmentos da organização social, política, econômica, cultural e em tantos outros que se queira relacionar. Quase sempre há uma inter-relação ou, no mínimo, reflexos de diversas escalas em todas as faces da sociedade. Não existem crises econômicas ou políticas que não se reflitam no social e no cultural. A sociedade éum todo que somente pode ser segmentado para fins de teorizaçõs, pois na práica sempre continuarásendo um todo no qual uma parte interfere em todas as demais.

O cenário criado no contexto das crises ou dos períodos de euforia social acontece em todos os níveis: no nacional, nos estaduais e nos municipais. Medidas consistentes podem resultar em soluções consistentes; ou paliativas, faíscas de fogo-fátuo. A política de preços associada à indústria automotiva entulhou nossas cidades de veículos para cujo deslocamento não são suficientes os viadutos, o alargamento de vias e a abertura de novas.

Milhares de novos veículos lançados no mercado a preços acessíveis e os antigos continuando a circular. E o controle da emissão de gases de efeito estufa?

O Brasil, signatário do Protocolo de Kyoto, ao invés de alternativas energéticas, busca mais petróleo no pré-sal e incentiva a compra de automóveis. As cidades, ao longo da história da humanidade, tiveram muitos ciclos: de decadência e de restauração, com longos períodos de agonia. Cabe perguntar-nos: em qual deles nos encontramos agora?

Vias entulhadas de veículos gerando poluição que agrava quadros de saúde; migrações em busca de oportunidades intensificando processos de favelização e de moradores de rua; sentimento de não pertencimento, levando a atitudes predatórias de equipamentos públicos a monumentos; insegurança, tráfico de drogas e aceleração dos processos de drogadição e desagregação da sociedade.

Estamos no limiar da emergência de reinvenção das nossas cidades. Todas. Também de Porto Alegre. E se trata de tarefa coletiva. Nossas cidades são a nossa cara.



*SECRETÁRIO DE MEIO AMBIENTE DE PORTO ALEGRE




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