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terça-feira, 3 de junho de 2014

CONSUMO DAS FAMÍLIAS FOI FRACO POR CAUSA DA INFLAÇÃO

DO G1, SP - 30/05/2014 19h12

Consumo das famílias foi fraco por causa da inflação, diz Mantega. Consumo das famílias caiu, e PIB teve alta de 0,2% no primeiro trimestre. Ministro diz que crédito escasso e fatores externos também pesaram.

Darlan Alvarenga 



O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou
o resultado do PIB (Foto: Darlan Alvarenga/G1)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (30) que o consumo das famílias – que teve queda de 0,1% no primeiro trimestre deste ano – foi prejudicado pela inflação e pela escassez de crédito.

“Acredito que consumo das famílias teve desempenho fraco fundamentalmente por causa da inflação”, disse o ministro ao comentar o desempenho, nos três primeiros meses do ano, do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país. Ele afirmou, no entanto, que a alta de preços no segundo trimestre será bem menor, "o que significa que isso devolverá o poder aquisitivo às famílias".

Ele apontou também o "crédito caro e escasso” pelo desempenho do consumo, cuja queda foi a primeira desde o terceiro trimestre de 2011.


Segundo o ministro, os estoques mais altos e a queda do consumo das famílias foram os principais fatores que afetaram o nível dos investimentos no primeiro trimestre.

O ministro voltou a afirmar que a demanda estaria num ritmo maior se houvesse mais crédito a um custo mais baixo.

Ele avaliou que inflação em queda e o ritmo de crescimento da massa salarial garantirá a retomada do consumo das famílias.

“Existe um crescimento natural do consumo. Ele pode ter sido inibido num trimestre, mas ao longo do ano é muito difícil o consumo subir abaixo da massa salarial, a menos que o consumidor resolva fazer poupança”, afirmou.
“O que estamos precisando é de uma recuperação do consumo, o que também irá estimular a continuidade dos investimentos.”
Guido Mantega, ministro da Fazenda

Segundo Mantega, já há estímulo suficiente para investimentos no país e não estão previstas novas medidas nessa direção. “O que estamos precisando é de uma recuperação do consumo, o que também irá estimular a continuidade dos investimentos.”

Copa e PIB
Mantega reconheceu que a Copa pode afetar o desempenho de alguns setores da economia, principalmente a indústria, mas avaliou que os serviços, que representam cerca de 60% do PIB, serão beneficiados, o que contribuirá para um desempenho melhor da economia no segundo trimestre.

“Acredito que a Copa poderá prejudicar a indústria, porque teremos menos dias de trabalho, mas ela vai beneficiar o comércio e os serviços, porque ela movimenta mais a economia, vai ter turistas e mais consumo de alimentos e bebidas”, disse.

Segundo o ministro, o segundo trimestre começou melhor que o primeiro, e a tendência é de um resultado melhor que o avanço de 0,2% nos primeiros três meses do ano.

“Talvez a indústria tenha alguma dificuldade, algum prejuízo. Já a agricultura é indiferente, porque não tem o efeito Copa e deverá estar melhor no segundo trimestre, que sempre é o período das colheitas”, afirmou.

Questionado sobre seu palpite para a estreia do Brasil na Copa, Mantega disse que a seleção brasileira vai ganhar o primeiro jogo, mas não quis arriscar o placar. “Se não vão dizer que o ministro errou na previsão”, brincou. Ele acrescentou, porém, que o Brasil tem “perfeitamente condições de ganhar a Copa”.


Resultado do 1º trimestre
A economia brasileira registrou avanço de 0,2% no primeiro trimestre de 2014 em relação aos três meses anteriores, com destaque para o desempenho da agropecuária. Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas no período chegou a R$ 1,204 trilhão.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o avanço do PIB foi de 1,9%. No acumulado em quatro trimestres encerrados no primeiro trimestre de 2014, a atividade doméstica cresceu 2,5%.

Questionado sobre sua avaliação sobre esses resultados, Mantega disse que o “crescimento foi moderado”. “Estávamos [prevendo] entre 0,2% e 0,3%, de fato”, afirmou.

Conjuntura

Segundo o ministro, o resultado do primeiro trimestre também foi afetado pela conjuntura internacional e pelas variações no câmbio, o que causou incertezas nos mercados no começo do ano.

“O cenário internacional não foi favorável neste primeiro trimestre”, afirmou.

“A recuperação da economia internacional está demorando mais que o esperado. A Economia dos EUA teve crescimento negativo de 1% anualizado [em ritmo anual]. Teve queda de investimentos nos EUA, portanto isso nos prejudica", completou.

Ele destacou ainda que os Estados Unidos importaram menos nos primeiros meses do ano e que a Europa teve crescimento pequeno, "abaixo das projeções”.

Para o ministro, entretanto, do ponto de vista financeiro e cambial, o cenário será melhor no segundo trimestre, o que garantirá um crescimento maior da economia brasileira.

Mantega evita fazer projeção para o ano

Segundo Mantega, a expectativa é de um avanço melhor nos próximos trimestres. O ministro não quis no entanto fazer uma previsão para o PIB fechado de 2014 e também não respondeu se o governo continua trabalhando com a expectativa de alta de mais de 2% no ano.

“É muito cedo para ter uma projeção anual”, disse. “É prematuro fazermos revisão das projeções”, completou. A última previsão anunciada pela Fazenda foi crescimento entre 2,3% e 2,5% para o ano.

Revisão do PIB de 2013

Em 2013, a economia cresceu 2,5%, conforme revisão feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

Segundo o ministro, a revisão para cima foi influenciada principalmente pela indústria, cujo crescimento passou de 1,3% para 2,7%, e em particular pela indústria da transformação, cujo avanço no ano passado foi revisado de 1,9% para 2,7%.

"Ficamos com o PIB melhor para 2013, entre o quinto ou sexto maior PIB para o G20 [grupo das maiores economias do mundo], um bom resultado.”

O ministro destacou ainda que, mesmo com a taxa de investimento revisada para baixo – de alta de 6,3% para 5,2% –, a taxa de crescimento foi superior "que a maioria dos países".

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