VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

ELEIÇÕES 2014, O QUE ELES VÃO PROPOR AO RS




ZERO HORA 2 de junho de 2014 | N° 17816

CARLOS ROLLSING

REFORMA E INVESTIMENTO DESAFIAM CANDIDATOS


MESMO SEM TODAS as chapas completas e negociações partidárias finalizadas, os candidatos ao governo estadual já esboçam as propostas que serão feitas ao eleitor a partir de julho. Crise financeira e papel do Estado estão na agenda



Embates entre visões sobre o papel do Estado, propostas de reformas estruturais em áreas sensíveis, reverberações dos protestos de junho de 2013 e análises sobre as causas e soluções para a crise financeira do Rio Grande do Sul. Essas são algumas das questões que devem pautar a campanha dos candidatos ao Palácio Piratini em 2014, apresentadas pelos cinco postulantes.

Entre os debates que despontam como dominantes, um dos principais é sobre o tamanho da máquina pública. Atualmente, o governo tem 26 secretarias e cerca de 3 mil cargos em comissão (CCs), que custam mais de R$ 10,6 milhões ao mês em salários, segundo dados do ano passado. O valor representa cerca de 1% da folha de pagamento.

Quatro dos cinco candidatos prometem enxugamento dessas vagas como forma de economizar recursos. O resultado da racionalização, dizem, poderá ser investido em necessidades da população. O único que não deverá usar o discurso da diminuição da máquina é o governador Tarso Genro, candidato à reeleição.

– O modelo de Estado vai ser o centro do debate. De um lado, haverá os que defendem o Estado mínimo e as privatizações. De outro, defenderemos o Estado do tamanho necessário para atender as necessidades da população – diz Ary Vanazzi, presidente estadual do PT e um dos coordenadores da campanha de Tarso.

Ana Amélia Lemos (PP), José Ivo Sartori (PMDB) e Vieira da Cunha (PDT) insistirão na ideia de que Tarso falhou na gestão, gerando gastos e endividamento excessivo. “Governo não pode gastar mais do que arrecada. Quando reduzimos o tamanho da máquina pública, aumentamos a capacidade para melhorar os serviços oferecidos à sociedade”, frisa um folheto distribuído no lançamento da candidatura de Ana Amélia.

Os adversários do PT, embora evitem dar detalhes, cogitam apresentar propostas de reforma da Previdência, responsável por um déficit de R$ 6,5 bilhões nas contas públicas somente em 2013. Apesar de serem medidas combatidas pelo funcionalismo, a adoção de um teto para aposentadorias, como no INSS, e a criação do regime complementar para quem quiser sair da ativa com salário integral são propostas estudadas. Elas valeriam apenas para os futuros servidores.

– É preciso envolver a sociedade para fazer essas mudanças que, aparentemente, não interessam. O Estado não pode existir só para cumprir folha de pagamento – afirma Luis Roberto Ponte (PMDB), um dos articuladores da campanha de Sartori.

RENEGOCIAÇÃO DA DÍVIDA É META

O pagamento da dívida com a União, que sugou R$ 2,7 bilhões no ano passado, será outra pauta constante. É um débito que sufoca o Estado, retirando sua autonomia financeira. Tarso tentou, mas, até agora, o governo federal se mostrou pouco receptivo à aprovação da renegociação da dívida, que aguarda votação no Senado. O projeto não produz resultados no curto prazo, mas ao menos dá fôlego para o Estado para contratar novos empréstimos.

Esse é outro ponto de discórdia entre os candidatos: enquanto o atual governador seguirá apostando nas operações de crédito para investir, os demais concorrentes deverão reforçar o argumento de que a redução de gastos diminui o endividamento e permite colocar recursos próprios em saúde, educação, segurança e infraestrutura.

A data-limite para a inscrição de chapas é 5 de julho. Nesse dia, os candidatos deverão entregar os seus planos de governo.


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