VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sábado, 7 de junho de 2014

PESQUISA É RETRATO DO DESENCANTO


ZERO HORA 07 de junho de 2014 | N° 17821


POLÍTICA. Rosane de Oliveira




Há um recado claro das ruas expresso nos resultados da última pesquisa do Datafolha, na qual os três principais candidatos perderam pontos: o eleitor está desencantado. O número mais relevante (e preocupante) da pesquisa não é o das intenções de votos de Dilma Rousseff (34%), Aécio Neves (19%), Eduardo Campos (7%) e Pastor Everaldo (4%). É o crescimento do índice de indecisos e a persistência dos eleitores dispostos a votar nulo ou em branco.

Na pesquisa feita nos dias 7 e 8 de maio, 8% dos eleitores disseram não saber em quem votar. Um mês depois, esse número pulou para 13%. Há um mês, 16% dos entrevistados responderam que pretendiam votar em branco ou anular o voto. Hoje, esse contingente de desencantados com as opções disponíveis está em 17%. Somados aos indecisos, significa que 30% – quase um terço do eleitorado – não encontraram seu representante em nenhum dos candidatos.

Para efeito de comparação, por esta época, em 2010, as pesquisas mostravam Dilma e José Serra empatados com 37% das intenções de voto e Marina Silva em terceiro, com 9%. A soma dos indecisos com os que pretendiam votar nulo ou em branco era de 17%.

O desgaste de Dilma (que perdeu três pontos de um mês para outro) é compreensível: além do desgaste natural de ser governo, a presidente paga a conta dos atrasos nas obras da Copa, mesmo quando a responsabilidade é das prefeituras e dos clubes. É dela que os críticos do Mundial cobram por investir em estádios um dinheiro que falta na saúde, na segurança e na infraestrutura, áreas críticas para o governo.

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