ZERO HORA 03 de julho de 2013 | N° 17480
EDITORIAIS
Principal exigência dos manifestantes que tomaram as ruas a partir de junho, o investimento em infraestrutura e serviços poderia avançar mais se as autoridades acelerassem a apresentação de projetos para se habilitar ao recebimento de recursos previstos nos orçamentos públicos. Não faltam exemplos de que esse gargalo inibe a correta aplicação de verbas previstas em lei em todas as esferas do poder público. Os casos mais flagrantes ocorrem justamente em áreas relacionadas ao atendimento às dezenas de milhares de turistas aguardadas nos grandes eventos esportivos em curso até 2016. Nos quatro primeiros meses deste ano, segundo o site Contas Abertas, a Infraero havia aplicado somente R$ 279,3 milhões do R$ 1,6 bilhão autorizado para este ano.
Ainda segundo o mesmo site, nos últimos 11 anos (2002-2012), em valores constantes, ou seja, atualizados pelo IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas, R$ 6,8 bilhões foram liberados para ações de mobilidade urbana, mas apenas R$ 1,3 bilhão (equivalente a 19,1%) foi efetivamente aplicado. O Ministério das Cidades atribui o atraso à falta de projetos de Estados e municípios, uma vez que a aplicação dos recursos é descentralizada.
Os investimentos da União devem somar R$ 111,3 bilhões neste ano. Desse montante, apenas 14,8% haviam sido investidos no primeiro trimestre. A corrupção foi responsável por boa parte do atraso na capacidade de investimento do Estado. Também é razoável considerar que os investimentos em transporte e mobilidade urbana exigem mais planejamento, licenciamento e estudos. Não admira que, diante desse quadro, a população expresse seu descontentamento. Compete aos gestores, porém, antecipar-se a esse gargalo e tomar medidas para evitar que verba com destinação assegurada capaz de melhorar a vida das pessoas fique parada. O Estado brasileiro precisa de um banho de gestão a fim de evitar mais prejuízos à nação.
EDITORIAIS
Principal exigência dos manifestantes que tomaram as ruas a partir de junho, o investimento em infraestrutura e serviços poderia avançar mais se as autoridades acelerassem a apresentação de projetos para se habilitar ao recebimento de recursos previstos nos orçamentos públicos. Não faltam exemplos de que esse gargalo inibe a correta aplicação de verbas previstas em lei em todas as esferas do poder público. Os casos mais flagrantes ocorrem justamente em áreas relacionadas ao atendimento às dezenas de milhares de turistas aguardadas nos grandes eventos esportivos em curso até 2016. Nos quatro primeiros meses deste ano, segundo o site Contas Abertas, a Infraero havia aplicado somente R$ 279,3 milhões do R$ 1,6 bilhão autorizado para este ano.
Ainda segundo o mesmo site, nos últimos 11 anos (2002-2012), em valores constantes, ou seja, atualizados pelo IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas, R$ 6,8 bilhões foram liberados para ações de mobilidade urbana, mas apenas R$ 1,3 bilhão (equivalente a 19,1%) foi efetivamente aplicado. O Ministério das Cidades atribui o atraso à falta de projetos de Estados e municípios, uma vez que a aplicação dos recursos é descentralizada.
Os investimentos da União devem somar R$ 111,3 bilhões neste ano. Desse montante, apenas 14,8% haviam sido investidos no primeiro trimestre. A corrupção foi responsável por boa parte do atraso na capacidade de investimento do Estado. Também é razoável considerar que os investimentos em transporte e mobilidade urbana exigem mais planejamento, licenciamento e estudos. Não admira que, diante desse quadro, a população expresse seu descontentamento. Compete aos gestores, porém, antecipar-se a esse gargalo e tomar medidas para evitar que verba com destinação assegurada capaz de melhorar a vida das pessoas fique parada. O Estado brasileiro precisa de um banho de gestão a fim de evitar mais prejuízos à nação.
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