MENSALÃO DO DEM. Filha de Roriz se livra da cassação. Jaqueline, flagrada em vídeo recebendo dinheiro de suposta propina, foi absolvida por 265 a 166 - ZERO HORA 31/08/2011
Por larga vantagem, os deputados federais livraram ontem a colega Jaqueline Roriz (PMN-DF) de um processo de cassação. Jaqueline teve 265 votos favoráveis. Outros 166 deputados indicaram a cassação e outros 20 se abstiveram.
Para os parlamentares, o vídeo de 2006 no qual ela aparece recebendo um pacote de dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, não representou quebra de decoro parlamentar. O principal argumento usado é que, naquela época, ela ainda não era deputada. Em 2006, Jaqueline concorreu a deputada distrital para a Câmara Legislativa do Distrito Federal.
A gravação em que Jaqueline aparece recebendo um pacote de dinheiro foi divulgada em março. Com base nisso, o PSOL pediu ao Conselho de Ética a abertura de investigação contra a deputada. Aquele colegiado decidiu por 11 votos a três recomendar a cassação da parlamentar.
Durante o dia, manifestantes protestaram pela cassação. Faixas foram espalhadas por Brasília para tentar sensibilizar os deputados. O relator, Carlos Sampaio (PSDB-SP), foi ao plenário explicar aos colegas seu parecer, favorável à cassação. Argumentou que o fato só foi conhecido em 2011 e, portanto, teria de ser visto como novo:
– O ato indecoroso existe para que possamos extirpar do parlamento aquele que praticou ato contra o parlamento. Isso só pode ser discutido no momento em que o fato veio à luz .
Sampaio citou que a própria Jaqueline já tinha pedido a condenação de uma colega quando esteve diante de situação similar. Em 2009, a Câmara do DF cassou Eurides Brito por ter aparecido em vídeo recebendo dinheiro de Durval. Na ocasião, Jaqueline chamou a colega de “mau caráter”.
A última vez que a Câmara cassou um deputado foi no escândalo do mensalão. Foram cassados Roberto Jefferson (PTB), José Dirceu (PT) e Pedro Correa (PP).
Por que foi absolvida
- A maioria dos deputados entendeu que Jaqueline não quebrou o decoro, já que o vídeo em que aparece recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, foi feito antes de ela ser deputada federal. Foi na campanha a deputada distrital.
- Entre os parlamentares, também prevaleceu o discurso do medo espalhado pela defesa de Jaqueline. Os deputados acabaram absolvendo a colega para se proteger do futuro por enxergarem em uma eventual condenação a possibilidade de virem a ser alvos de processos por fatos cometidos antes do mandato.
A PROPINA - Um vídeo gravado na campanha de 2006 – e somente revelado em março deste ano – mostra a então candidata e seu marido, Manoel Neto, recebendo um maço de cédulas no valor de R$ 50 mil das mãos de Durval, o operador e denunciante do esquema do mensalão do DEM. Segundo Jaqueline, era dinheiro de caixa 2 eleitoral.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - "Lobo não como Lobo" e "diga-me com quem andas e te direito quem és, já eternizavam frasistas visionários de uma realidade comum em ambiente criminoso e corrupto. Nem o mais otimista acreditava na punição desta "para lamentar" que recebeu dinheiro desviado de áreas de interesse público para "ajudar" na eleição e no mandato que agora ela utilizada para se beneficiar com altos salários, impunidade e compadrio de seus "colegas". O pior é que este tipo de "para lamentar" apelam para o "álibi" da democracia, da imunidade e das "exceções" para usar um manto da moralidade. Não é a toa que os políticos brasileiros, tão desacreditados, usam da demagogia e da corrupção para financiar seus mandatos.
Espírito de Corvo foi o que Prevaleceu na Cassação de Jaqueline Roriz - Jornal das Dez.
Este fato prova que tipo de congressistas legislam no Brasil e prova que o crime compensa. E estes congressistas são os principais responsáveis pelas leis que impedem a justiça de alcançar corruptos mesmo com provas dos ilícitos? ESTÁ NA HORA DE UMA REVOLTA POPULAR PACÍFICA.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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