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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

PARA NÃO SER PRESO NO BRASIL, MALUF DESISTE DE ADMITIR CRIME NOS EUA


Na última hora, Maluf desiste de admitir um crime. Ex-prefeito negociava acordo com promotoria de Nova York para deixar lista de procurados da Interpol; Prefeitura apoiava acerto - 24 de agosto de 2011 | 22h 40 - Fausto Macedo e Marcelo Godoy, de O Estado de S.Paulo


Paulo Maluf, que vai celebrar 80 anos em 3 de setembro com pompa e estilo na Sala São Paulo, negociou ao longo de quase um ano acordo com a promotoria de Manhattan (EUA) para ter seu nome excluído do alerta vermelho, o lendário índex dos mais procurados da Interpol em todo o mundo. Em troca, o ex-prefeito e deputado pelo PP admitiria a autoria de um crime pela primeira vez na vida - no caso, delito classificado formalmente de falsificação de registros contábeis praticado nos Estados Unidos.

A confissão histórica se daria perante o Tribunal Criminal de Nova York e de viva voz pelo réu. Sob a condição de não correr nenhum risco de ser algemado, nem mantido em cela prisional, Maluf viajaria para a audiência nos Estados Unidos.

Ele também estava disposto a declarar que "não tem interesse" em US$ 22 milhões do Macdoel Trust, na Ilha de Jersey - fundo controlado por três empresas offshore cuja titularidade o Ministério Público de São Paulo atribui ao ex-prefeito e ao filho mais velho de Maluf, Flávio.

Mas o pacto malogrou há duas semanas, à beira do ato final - assinatura do documento pelas partes envolvidas, os defensores de Maluf, ele próprio e a promotoria americana. Flávio, presidente da Eucatex, ficaria à mercê do Ministério Público brasileiro para eventual ação de natureza penal.

O fracasso da negociação frustra planos da Prefeitura de São Paulo, que pretende investir na área social recursos supostamente desviados de seus cofres na gestão Maluf. A Procuradoria do Município já se havia manifestado favoravelmente ao acordo, do qual a Prefeitura seria parte. O Município seria consultado pela promotoria de Nova York por ser o destinatário final de valores resgatados em Jersey. Advogados foram contratados no Reino Unido pelo governo municipal para acompanhar o caso.

A história secreta do acordo que não deu certo reúne capítulos às vezes marcados pela cautela, outros pela tensão. Foi um jogo de xadrez. De um lado da mesa, advogados de renome e prestígio. Do outro lado, promotores que perseguem com destemor a corrupção e a improbidade. Treze cláusulas compunham o ajuste que, afinal, encalhou.


Interpol coloca Maluf em lista vermelha. Ex-prefeito pode ter prisão imediata se viajar para um dos 181 países em que a organização mantém representação - 19 de março de 2010 | 10h 13 - Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - O nome do deputado Paulo Maluf (PP-SP) foi incluído na difusão vermelha da Interpol - a Polícia internacional que mantém representação em 181 países - a partir de solicitação dos Estados Unidos. A informação foi divulgada na quinta-feira, 19, pelo Ministério Público Estadual de São Paulo. A defesa do ex-prefeito (1993-1996) declarou que já está providenciando ação específica para anular a medida que reputa ilegal, "uma afronta ao Congresso brasileiro".

A difusão vermelha é o alerta máximo da Interpol e limita os deslocamentos do alvo. Se ingressar em território que integra a comunidade policial, Maluf pode ser imediatamente detido. Para derrubar essa restrição os advogados do ex-prefeito apresentaram em fevereiro medida que visa excluí-lo do índex da Organização Internacional de Polícia Criminal.

Acusação

Maluf é acusado em ação da promotoria criminal dos Estados Unidos perante o Grande Júri de Nova York. Robert Morgenthau, promotor público americano, o denunciou por suposta "conspiração com objetivo de roubar dinheiro da cidade de São Paulo a fim de possuir fundos no Brasil, Nova York e outros lugares, e ocultar dinheiro roubado".

Segundo o Ministério Público de São Paulo, por meio de advogados que contratou nos Estados Unidos, Maluf teria dado início a um acordo para a devolução de US$ 5 milhões que haviam sido transferidos para aquele paraíso fiscal situado no Canal da Mancha. Mas a transação não foi concretizada.

O ex-prefeito seria beneficiário da conta Chanani, nos Estados Unidos. Entre janeiro e agosto de 1998, diz a promotoria, ele realizou15 transferências somando US$ 11,68 milhões para Chanani que, segundo a denúncia, serviu de ponte para remessas à Ilha de Jersey.

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