VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

MAIS OU MENOS INDEPENDENTE

PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA - ZERO HORA 17/08/2011

O PR é um partido engraçado. Deixou a base do governo para se tornar independente, seus líderes disseram que abrem mão dos cargos que ocupam no segundo escalão, mas deixam para a presidente Dilma Rousseff a decisão de demitir ou não os indicados pelos agora ex-aliados. Ora, ora. Independência pra valer pressupõe a entrega dos cargos, sem marola. Deixar para a presidente decidir é uma forma de dizer que se mantiver os apadrinhados dos líderes do PR, deputados e senadores podem votar a favor de projetos do interesse do governo.

Ao anunciar a saída, o ex-ministro Alfredo Nascimento reafirmou que seu sucessor no Ministério dos Transportes, Paulo Passos, não representa o PR, embora seja filiado. Essa desvinculação dá à presidente liberdade para reestruturar a equipe de um dos ministérios mais ricos da Esplanada sem depender de indicações partidárias. O problema é que logo os Transportes podem virar alvo de um ataque especulativo de outros aliados que sonham comandar seu orçamento milionário e colher os dividendos políticos das obras de infraestrutura.

Sem os 41 deputados e os sete senadores do PR, Dilma fica ainda mais dependente dos votos do PMDB, partido de dois ministérios problemáticos, o do Turismo e o da Agricultura. Alvos de investigações da Polícia Federal e de denúncias da imprensa, os titulares das duas pastas se equilibram como podem nos cargos. Respiraram aliviados ontem com a declaração da presidente de que todos os ministros detêm sua confiança. Por enquanto.

É para que Dilma não se torne refém dos próprios aliados que a seção gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil aderiu ao movimento proposto pelo senador Pedro Simon para respaldar as ações de combate à corrupção. O presidente da OAB-RS, Claudio Lamachia, fez contato com a Associação Rio-Grandense de Imprensa e quer ver a OAB nacional, a CNBB e outras entidades da sociedade civil engajadas na defesa da moralidade pública. Lamachia esclarece que não significa aderir ao governo, mas dar apoio político à presidente diante da ameaça de boicote de aliados contrariados com a faxina nos órgãos públicos.

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