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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

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ZERO HORA 26 de janeiro de 2015 | N° 18054


EDITORIAL



O brasileiro pede para que o governo melhore a saúde e combata a violência e as drogas, numa repetição de apelos que parecem não sensibilizar as autoridades.

Pesquisa do instituto Ibope Inteligência, encomendada pela Confederação Nacional dos Municípios e divulgada na última quinta-feira, expressa de forma clara as prioridades da população brasileira para o ano que está começando. Renovam-se apelos que já apareciam com insistência em amostragens no ano passado e que tornam evidentes as carências da população na área da saúde. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 142 municípios, e a melhoria dos serviços nesse setor aparece destacadamente como a principal urgência. Mais da metade dos entrevistados (51%) apontou essa prioridade. Depois, aparecem o combate à violência e à criminalidade e o controle da inflação (ambos com 29% de indicações).

Entre 20 itens relacionados como problemas que preocupam os brasileiros, o mais mencionado foi o tráfico e consumo de drogas – que, não por acaso, está diretamente relacionado à violência, à criminalidade e até mesmo, direta e indiretamente, a problemas de saúde. O resultado da pesquisa deve ser tratado como um pedido de socorro que o brasileiro expressa há muito tempo, sem que isso provoque reações à altura por parte das autoridades. A saúde pública brasileira, cujas responsabilidades são compartilhadas por União, Estados e municípios, tem a mais precária gestão de todas as áreas essenciais.

São graves e crônicos os problemas em educação e segurança, assim como há deficiências bem identificadas em infraestrutura e outros setores que dependem muito de governos. Mas nenhum tem a urgência da saúde, pelo motivo óbvio de que o suporte oficial pode determinar a vida ou a morte de alguém. As carências, que vão do atendimento básico às cirurgias seletivas, passando pelas emergências dos hospitais, multiplicam-se no mesmo ritmo da omissão governamental. A União transfere tarefas para os Estados, que ficam à espera de ações dos municípios, e o jogo de empurra apenas agrava uma situação alarmante.

Chama atenção na pesquisa o dado que aponta o combate às drogas, com 20% de indicações, entre as providências mais reclamadas, abaixo da melhoria da educação e do combate à corrupção. Tal preocupação tem vínculo com outra demanda que ocupa o segundo lugar no levantamento, logo depois da saúde, que é o combate à violência e à criminalidade. São questões que interessam a todos, independentemente da condição social, mas que representam perdas humanas mais expressivas, como revelam as estatísticas, para as populações de baixa renda. Com pesquisas como essa, o governo já sabe o que deve fazer. Falta agir.





EM RESUMO


Editorial comenta pesquisa sobre as prioridades da população em relação ao setor público e observa que essas são antigas demandas sem respostas efetivas dos que estão no poder.

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