ZERO HORA 19 de janeiro de 2015 | N° 18047
POLÍTICA + | Rosane de Oliveira
A tesoura do governador José Ivo Sartori ainda não entrou em ação, mas os cortes de diretorias, cargos em comissão, funções gratificadas e estruturas estão sendo articulados por um grupo encarregado de repensar o organograma do Estado. Esse redesenho deverá ser mais profundo do que imaginam os aliados do governador na Assembleia e abrirá polêmica bem maior do que o decreto que estabeleceu os cortes de gastos de custeio.
Nada está definido ainda, mas a lista de estatais e autarquias passíveis de extinção é longa. Começa pelo Badesul, um banco de fomento marcado por idas e vindas desde 1973. A avaliação preliminar de um grupo ligado ao governador é de que existe sobreposição de funções entre Badesul, Banrisul e BRDE.
Outro órgão que terá as funções e o desempenho analisados com lupa é o Daer. No governo, há quem defenda sua extinção, com a transferência das atribuições (e dos funcionários) para a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).
No topo da lista das candidatas à extinção, está a Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), historicamente deficitária e com um passivo gigantesco, que terá de ser pago mesmo que seja liquidada. O patrimônio poderá ser vendido para ajudar a pagar o passivo que hoje sangra o Tesouro.
Pela lógica do custo-benefício, a Companhia Rio-Grandense de Artes Gráficas (Corag) também pode estar com os dias contados. A avaliação de integrantes do governo é de que a Corag perdeu a razão de ser com o avanço da digitalização. Para editar o Diário Oficial e livros técnicos do interesse do Estado não seria necessária uma estrutura pesada como a da Corag, avalia um interlocutor do governo.
O Estado tem 20 fundações, 11 sociedades de economia mista e nove autarquias.
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