ZERO HORA 20 de janeiro de 2015 | N° 18048
EDITORIAIS
É desconcertante a falta de entendimento entre os que defendem a ampliação do aeroporto Salgado Filho e os que têm posição categórica pela construção de outro terminal na Região Metropolitana. O ministro Eliseu Padilha tem sua preferência pelo investimento numa nova área, e seus argumentos devem ser respeitados. Mas não há como não advertir que tal ponto de vista ignora completamente os recursos já investidos na ampliação da pista. Não é razoável que, em nome de um investimento de longo prazo, sejam desprezadas as providências já tomadas para que o Salgado Filho possa operar com aviões de grande porte.
As cifras são reveladoras dessa indiferença. Como Zero Hora estampou em sua edição de ontem, o plano de ampliação do Salgado Filho já consumiu R$ 121,4 milhões, incluindo desapropriações. Também ontem, um avião de carreira teve de pousar na Base Aérea de Canoas, em decorrência de uma pane, porque a pista é 500 metros maior e facilitaria a aterrissagem. Apesar da repetição de imprevistos como esse, nos últimos anos o Estado tem convivido com uma sucessão de desacertos, de obstáculos burocráticos e de total falta de convergência das lideranças estaduais.
Assim, um projeto de alongamento de pista se transformou num problema muito maior, que agora somente seria solucionado com a construção de uma nova estrutura, em local mais afastado da Capital. É o momento de racionalizar argumentos e decisões, para que a disputa pela prevalência de um e de outro lado não leve a mais um erro, que se acumularia aos tantos que já provocaram perda de tempo e dinheiro.
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