VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

domingo, 4 de janeiro de 2015

HORA DE COBRAR EFICIÊNCIA



ZERO HORA 04 de janeiro de 2015 | N° 18032


EDITORIAL



Os contribuintes não podem mais se conformar com a sonegação sistemática de serviços públicos de qualidade aos quais têm direito.


A posse dos ministros para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff e dos secretários de Estado do governo José Ivo Sartori renova a expectativa entre os contribuintes de que o clamor por serviços públicos de mais qualidade seja finalmente ouvido. O apelo, válido para todos os integrantes do primeiro escalão, em ambas as esferas da federação, faz mais sentido ainda em áreas nas quais as carências são mais percebidas: da educação à saúde, passando por segurança pública. São essas nas quais fica mais visível o que ficou conhecido como corrupção silenciosa, resultante de más práticas de prestadores de serviços públicos que não envolvem troca de dinheiro. A saída vai depender da disposição dos novos gestores para perseguir pressupostos até agora negligenciados na administração oficial: elevados níveis de transparência e eficiência de gestão, que são as bases da boa governança.

Em âmbito federal, levantamentos do Tribunal de Contas da União (TCU) confirmam em estudos o que os brasileiros constatam no seu cotidiano quando buscam uma vaga para o filho em escola pública, ou procuram atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), ou não têm a quem recorrer numa situação de insegurança. No último levantamento, envolvendo mais de 300 órgãos da administração pública federal, o Tribunal de Contas constatou que, em nada menos de 55,4% deles, as boas práticas de governança estão num estágio inicial. As razões estão na falta de treinamento, de avaliação de gestores, de planejamento e metas e de desempenho.

Tanto a União quanto o Estado precisam criar, no menor prazo de tempo possível, as condições para que o setor público possa investir o necessário em suas atribuições específicas. Aos contribuintes, o que interessa não é como os governantes vão acertar suas contas – o mínimo que se pode esperar de um bom gestor –, mas se vão ou não propiciar uma retribuição à altura do que é pago sob a forma de impostos. E é justamente isso o que não vem ocorrendo. No caso dos serviços concedidos, o agravante é que falta eficiência também às agências de regulação, em grande parte pela excessiva politização de seus quadros.

As novas administrações precisam se comprometer com princípios de boa governança. Os contribuintes não podem mais se conformar com a sonegação sistemática de serviços públicos de qualidade aos quais têm direito.



Editorial publicado antecipadamente no site de Zero Hora, na quinta-feira, com links para Facebook e Twitter. Os comentários para a edição impressa foram selecionados até as 18h de sexta-feira. A questão: Você concorda com o editorial que falta boa governança para a melhoria dos serviços públicos?

O LEITOR CONCORDA

Acho que, quando, por milagre, aparece alguém honesto para um cargo político, ou ele se deixa corromper, ou acaba sem poder colocar suas ideias em prática, devido ao sistema, que de forma quase geral está corrompido. Acho que é uma questão de consciência; e, pra mudar, leva muito tempo (talvez, algumas gerações).

JOSÉ DERNI GASPARONI DOS SANTOS

URUGUAIANA (RS)

Os governantes se preocupam tanto com sua continuidade no poder, que nomeiam amadores para diversos cargos importantes, a fim de manter suas alianças políticas. Isso só ajuda a piorar o nível dos serviços públicos. Sem mencionar que estamos entre os países com maior índice de corrupção no mundo. Mas não podemos reclamar, pois nossos políticos são o reflexo do povo. Somos o povo do “jeitinho brasileiro”. Onde várias pessoas reclamam da corrupção dos políticos mas oferecem propina para o guarda de trânsito. Enquanto não fizermos uma análise crítica das nossas atitudes e de nossas ideias, não conseguiremos evoluir como uma nação.

RAFAEL DA SILVEIRA MARIA

SÃO JOSÉ DO NORTE (RS)

Devemos questionar o papel do Estado na nossa sociedade. Já passou da hora de perceber que uma “máquina estatal” inflada é ineficiente de qualquer forma. É hora de diminuí-la. O único gerador de riquezas é o indivíduo, não o governo. Precisamos livrar o empreendedorismo das amarras burocráticas do governo, facilitando a geração de emprego e riqueza. Deixar que o mercado e a livre iniciativa resolvam os problemas da nossa sociedade de uma forma mais moral, sem coerção estatal. Nunca teremos melhores serviços enquanto estes estiverem na mão do Estado.

GUSTAVO TRAMONTINI TAPERA (RS)

Faltam competência, respeito. Quem está do outro lado do balcão acha que a população não paga impostos!

GERSON SOARES BONFIM



O LEITOR DISCORDA

Não concordo, simplesmente porque faltam aos gestores da coisa pública atual integridade e decência para gerirem honestamente o que é de todos, pois o ônus é repartido entre nós, mas o bônus fica somente com eles.

JULIANO PEREIRA DOS ANJOS NOVA SANTA RITA (RS)

Que pergunta mais esdrúxula.

MARCOS CÉSAR BOHN

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