VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

domingo, 30 de outubro de 2011

ELEFANTE BRANCO

PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA - ZERO HORA 30/10/2011


O retrato da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) que os repórteres Adriana Irion, José Luís Costa e Marta Sfredo apresentam na reportagem especial das páginas 6, 8 e 10 desta edição confirma que a estatal já deveria ter sido sepultada há muito tempo, para estancar a sangria de dinheiro público. No governo passado, secretários comprometidos com a qualidade da gestão já apontavam a necessidade de extinguir a Cesa, mas a governadora Yeda Crusius não conseguiu construir as condições políticas para livrar o Estado desse elefante branco.

Agora, o secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, está empenhado em expor as entranhas da Cesa e mostrar que ela está condenada à morte pela ação ou omissão de seus gestores. Os funcionários ajudaram a matar a galinha dos ovos de ouro com uma enxurrada de ações trabalhistas que a estatal perdeu por ter praticado atos indefensáveis ou por não ter apresentado defesa convincente.

Se a decisão política é de acabar com a Cesa, o governo do PT não enfrentará maiores dificuldades, porque não tem o PT na oposição. Historicamente, o partido do governador Tarso Genro sempre fez a defesa apaixonada das estatais, sem se preocupar com os resultados. Até hoje, é possível encontrar viúvas da CRT, uma empresa que funcionou como cabide de empregos e que era usada politicamente por seus dirigentes naqueles tempos em que se ficava anos na fila para comprar um telefone – a menos que a pessoa tivesse um bom “pistolão”.

Se hoje a Corsan precisa lutar a duras penas para manter a concessão dos serviços de água nos municípios, é porque, durante muitos anos, seus gestores acharam que tinham clientes cativos e não precisariam se preocupar com a qualidade do serviço. Se durante muitos anos a estatal gastou mais com o pagamento de ações trabalhistas do que com investimentos em esgotamento sanitário, como poderia atender à demanda dos municípios por saneamento? A direção atual já entendeu que as prefeituras têm autonomia para conceder os serviços de água e esgoto a quem fizer a melhor proposta e que isso a obriga a ser competitiva.

ALIÁS

O caso da Cesa dá razão a quem acha que o Estado deve restringir sua atuação a áreas essenciais, mas não significa que todas sejam ineficientes: a Petrobras é a prova de que é possível uma estatal gerar riquezas, dar lucro e pagar bem a seus funcionários.

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