Página 10 | ROSANE DE OLIVEIRA - ZERO HORA 19/10/2011
Enquanto o ministro do Esporte, Orlando Silva, se explicava na Câmara para uma plateia camarada, preparada para defendê-lo, seu acusador, o policial João Dias Ferreira, fazia a festa da oposição em um depoimento informal definido como uma bomba por deputados do DEM. Provas ainda não apresentou. O policial, chamado de bandido por Orlando Silva, disse que gravou uma conversa com o ministro na calada da noite e prometeu apresentar as provas amanhã, em depoimento à Polícia Federal.
O distinto público ficou sem saber qual dos dois tem razão. A folha corrida do policial não inspira confiança. Acusado de emitir notas frias, ele está sendo processado para devolver R$ 3 milhões que recebeu do governo e não aplicou no programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. Orlando Silva diz que esse é o motivo das denúncias: que Dias está querendo se vingar dele por ter fechado a torneira dos recursos públicos e exigido a devolução do que teria sido desviado pela ONG do policial.
Enquanto as provas não aparecem, o ministro usufrui do benefício da dúvida e do fato de ter mais credibilidade do que seu algoz. Hoje, vai ao Senado reforçar as explicações dadas ontem na Câmara e reafirmar que pediu investigação da Polícia Federal e abriu mão de seus sigilos para provar que é inocente. Com a presidente Dilma Rousseff no Exterior, Orlando só corre o risco de ser demitido por telefone se surgirem fatos novos graves ou alguma prova inquestionável de que o policial está falando a verdade.
A oposição adotou a verdade de João Dias sem questionar, e o PSDB pediu proteção à Polícia Federal para o acusador. A PF assegurou que a proteção será dada assim que o policial formalizar a solicitação, “nos termos da lei”. O Ministério da Justiça entrou em contato com o comando da Polícia Militar do Distrito Federal para que João Dias seja apresentado à PF para prestar depoimento e receber segurança.
! - O PC do B está no olho do furacão, mas até aqui não apareceu qualquer prova de desvio de recursos para campanhas eleitorais, como acusa o policial João Dias.
Manuela vai à Justiça
Quando soube que seu nome aparecia numa carta apreendida pela Operação Cartola no gabinete do prefeito de Alvorada, a deputada Manuela D’Ávila procurou a Polícia Civil para saber de mais detalhes. Ouviu que não havia motivo para preocupações.
Como a carta veio a público, Manuela decidiu interpelar judicialmente o autor do texto, Marcio Taylor, ex-diretor de Esportes da prefeitura de Alvorada, para que diga por que envolveu o nome dela:
– Não li a carta, não conheço essa pessoa e não entendo por que estão usando meu nome.
ALIÁS - Se o autor da carta disser que alguém usou o nome de Manuela D’Ávila para obter alguma vantagem, ela pretende processar, mesmo que seja um companheiro de partido.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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