VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

CONTRADIÇÕES

PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA - Contradições petistas - ZERO HORA 20/05/2011

Quem tem um pingo de memória há de lembrar do carnaval que os petistas do Rio Grande do Sul e até de outros Estados fizeram quando na CPI do Detran foram levantadas suspeitas sobre a casa da então governadora Yeda Crusius. Pois esses mesmos petistas estão mudos diante da compra do apartamento do ministro Antonio Palocci, um imóvel seis vezes mais caro do que o valor atribuído pelos adversários à casa que Yeda comprou por R$ 750 mil.

Onde estão os petistas que exigiam transparência de Yeda, chamavam a casa de mansão e até de palacete e ainda queriam o impeachment dela por considerar suas explicações insuficientes? Por que não cobram do ministro que comprove a lisura da compra de seu apartamernto de R$ 6,6 milhões e do escritório de R$ 882 mil? Ou será que a mansão suspensa não precisa ser explicada porque Palocci é um companheiro de partido?

Palocci comete o mesmo erro que Yeda cometeu: resiste em dar explicações, alegando que tudo foi feito dentro da lei. Quando Yeda apresentou a engenharia financeira que fez para comprar a casa, o estrago já estava feito.

O chefe da Casa Civil é reincidente na lentidão. Quando era ministro da Fazenda, demorou para se convencer de que precisava se manifestar sobre as denúncias que pesavam contra ele na história que culminou com a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa e na demissão de Palocci. No Supremo Tribunal Federal, o ministro se safou de responder pela quebra do sigilo e quem pagou o pato foi o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso.

Palocci foi blindado pela presidente Dilma Rousseff, está sendo protegido pela base aliada no Congresso, mas desde o fim de semana é um ministro politicamente manco. Um chefe da Casa Civil que se sente impedido de dar entrevistas porque não tem como fugir da pergunta sobre a compra do apartamento é um meio ministro.

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