O fato de estar se desenrolando na Cultura e não na Economia ou na Saúde a maior crise ministerial de seu governo deve ser motivo de secreta satisfação para a presidente Dilma Rousseff. Se é para dar rolo, melhor que seja ali, onde as decisões, acertadas ou não, não costumam custar muitos votos e nem atraem a atenção internacional.
Mas paciência tem limite, e a presidente já estaria dando sinais de que Ana de Hollanda acaba de exceder a cota máxima de confusões a que qualquer ministro teria direito em tão pouco tempo. Há também um componente político nessa crise: Ana enfrenta muita resistência dentro do PT e de seus aliados na área cultural, desagradando tanto aos “moderados” quanto aos “radicais”.
O fato é que o Ministério da Cultura é aquele que tem apresentado a maior descontinuidade administrativa com relação ao governo Lula. Os ministros Gilberto Gil e Juca Ferreira, entre avanços e recuos, ganharam respeito da comunidade cultural ao comandar um grande debate nacional a respeito das leis de incentivo à Cultura, que resultou no projeto que está agora no Congresso.
Contra ou a favor de pontos específicos, era visível que havia “vida inteligente” e debate público no MinC, enquanto Ana parece encastelada, fazendo tábula rasa do patrimônio de conhecimento e trabalho acumulado pela gestão dos antecessores. Mesmo antes de assumir, a ministra mostrou falta de traquejo político ao colocar em suspenso uma das plataformas mais caras do governo anterior: a flexibilização dos direitos autorais em um ambiente impactado por demandas específicas da nova cultura digital.
A área cultural é historicamente mal tratada pelo poder público – pela ausência de especialistas habilitados a traçar políticas culturais consistentes, nos diferentes níveis de governo –, mas também, em grande medida, pela falta de continuidade administrativa. Que isso aconteça em um governo que, em quase tudo, parece seguir harmonicamente a linha traçada pelo anterior não deixa de ser inesperado – além de marcar um lamentável retrocesso para a área cultural.
CLÁUDIA LAITANO | EDITORA DO SEGUNDO CADERNO - ZERO HORA 10/05/2011
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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