VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 17 de maio de 2011

MILITÂNCIA FISIOLÓGICA

A insatisfação com a distribuição de cargos na máquina pública estadual, exposta através de mensagens eletrônicas trocadas entre líderes petistas de cidades do interior do Estado, demonstra mais que uma histórica ganância por parte de militantes políticos. Reportagem publicada ontem em Zero Hora revela que partidários do PT agem motivados principalmente pelo interesse por cargos, para os quais as nomeações costumam ser feitas sem qualquer observância de critérios técnicos, como se o Estado fosse propriedade de partidos políticos. A prática ajuda a explicar muitas das mazelas do poder público, no qual mudam apenas os ocupantes e os partidos ao qual pertencem, mas se mantém sempre o interesse na ocupação da máquina.

Chama a atenção, na troca de correspondência, que integrantes do partido reclamem até mesmo do fato de estagiários do Banrisul não serem petistas. Assim como a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), a Companhia Rio-Grandense de Saneamento (Corsan), a Emater e a Secretaria da Agricultura, a instituição financeira gaúcha está entre as mais lembradas por quem sonha acomodar um apadrinhado hoje para assegurar pelo menos um voto de gratidão e o de seus familiares mais adiante. O setor público, porém, existe para atender ao bem comum, não a interesses político-partidários, como reagiu ontem o governador Tarso Genro, ao rejeitar qualquer hipótese de “aparelhismo”.

A briga por cargos não é uma exclusividade da atual administração, nem das agremiações partidárias que hoje integram a base de apoio. Ainda assim, a movimentação divulgada agora mostra-se ainda mais descabida por condicionar a atuação da militância nas próximas campanhas eleitorais à obtenção de vagas para companheiros.

Democracias mais avançadas que a brasileira, de maneira geral, preferem enfrentar a ocupação da máquina com a profissionalização da burocracia. Esse é o caminho que precisa ser seguido também no Estado para evitar que, a cada troca de governo, seja preciso mudar tantos profissionais e, muitas vezes, recomeçar do zero.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - O BRASIL É A REPÚBLICA DOS PADRINHOS.

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