Carolina Bahia. Donos do mundo - ZERO HORA 19/05/2011
Quem se considera dono do poder sofre a tentação de ultrapassar o limite entre o público e o privado. É o que está ocorrendo com ministros do governo Dilma, que não hesitam em manter as suas empresas de consultoria. A justificativa é de que os negócios eram do ano passado ou que as operações estão inativas, que não há conflito de interesses. Outros podem ainda alegar que o deputado ou ministro precisa completar a renda com uma consulta aqui e outra ali, até juntar o suficiente para a realização do sonho da casa própria. Mas, quando é feito às escuras, é inevitável a suspeita. Será que não há tráfico de influência, vazamento da informação privilegiada, do lobby disfarçado? Só com transparência, o Planalto vai conseguir debelar tantas dúvidas. A opção, contudo, é pela velha prática da patrola e da barganha política. Nada mudou.
Quanto vale a blindagem de Antonio Palocci?
Em troca do apoio, o governo liberou os partidos aliados na negociação do Código Florestal. Tudo para que o ministro não precise explicar quem eram os clientes da famosa consultoria.
– Acabaram a truculência e a arrogância do Planalto na negociação do código. Eles mudaram o tom – comentava um deputado do PMDB.
OPINIÃO DOS LEITORES DE ZERO HORA - Patrimônio de Palocci
O ministro Palocci, em quatro anos, multiplicou por 20 seu patrimônio. E ninguém investiga um crescimento tão espetacular. Ficará por isso mesmo? Luis C. Albano, Aposentado – Bagé
Se a ética que o senhor Palocci usou na sua empresa de consultoria é a mesma que quebrou ilegalmente o sigilo bancário do caseiro, é perfeitamente justificável sua fantástica evolução patrimonial. João Eduardo Avila Bassuino, Programador – São Leopoldo
É revoltante verificar que o patrimônio do ministro Palocci era de R$ 375 mil em 2006 e agora atinge R$ 7,5 milhões. Como será que ele conseguiu? E o que dizer do jantar do senador Sarney, de R$ 23,9 mil, para 60 pessoas, com dinheiro público? Eleine Mari. Funcionária pública – Fortaleza dos Valos
Enquanto o presidente do Senado faz jantar a R$ 400 por pessoa com notas pagas pelo Senado, morrem pacientes do hospital de Cuiabá por falta de condições higiênicas e de instrumentos. Ramiro Nunes de Almeida Filho. Representante comercial – Porto Alegre
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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