OS BENS DE PALOCCI. Oposição e OAB cobram explicações de ministro. Patrimônio de chefe da Casa Civil cresceu 20 vezes em relação a 2006 - ZERO HORA 16/05/2011
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e os três principais partidos de oposição pediram esclarecimentos ao ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, sobre sua evolução patrimonial desde 2006. O pedido foi feito após uma reportagem publicada ontem pela Folha de S.Paulo mostrar que o patrimônio de Palocci cresceu 20 vezes nos quatro anos em que ele esteve na Câmara dos Deputados – período imediatamente posterior à passagem dele pelo Ministério da Fazenda, no governo Lula.
Em 2010, Palocci comprou um apartamento de R$ 6,6 milhões. Um ano antes, adquiriu um escritório de R$ 882 mil. Ambos os imóveis ficam na região da avenida Paulista, área nobre de São Paulo, e foram comprados por meio de uma empresa da qual o ministro é o sócio principal. Em 2006, quando se elegeu deputado federal, Palocci havia declarado à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 375 mil, em valores corrigidos pela inflação.
– Para um aumento de patrimônio em tão pouco tempo, de um homem público, exige-se explicação – disse Ophir Cavalcante, presidente da OAB.
Nota oficial diz que bens foram incluídos em declaração
O PPS prometeu acionar o Conselho de Ética da Câmara para apurar a conduta do ex-parlamentar.
– Dinheiro não nasce no chão. Muito me estranha esses enriquecimentos tão rápidos – afirmou Roberto Freire (SP), deputado e presidente nacional da legenda.
O PSDB pediu que Palocci preste esclarecimentos à sociedade.
– É melhor o ministro esclarecer qual a renda da sua empresa, quais os serviços prestados e qual o lucro que obteve com ela – disse o deputado Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB.
O senador José Agripino Maia (DEM-RN) afirmou que “a Receita deve se pronunciar a respeito”.
Ontem, a Casa Civil divulgou uma nota em que diz que a evolução de Palocci, pessoa física, consta de sua declaração de renda e que as atividades da empresa foram reportadas à Comissão de Ética da Presidência quando da posse do ministro. Segundo a assessoria de imprensa, a empresa de Palocci, a Projeto, prestou serviços para a iniciativa privada e os dois imóveis foram comprados com recursos próprios.
A Casa Civil, porém, não informou para quem a Projeto trabalhou, quem entrava em contato com clientes, qual foi o faturamento do negócio, como era a rotina de Palocci na empresa e se o ministro relatou à Presidência a compra do apartamento e da sala comercial.
A CONTA - Como o patrimônio do ministro Antonio Palocci aumentou:
- Semanas antes de assumir o cargo mais importante do governo Dilma Rousseff, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, comprou um apartamento em São Paulo por R$ 6,6 milhões. Um ano antes, Palocci adquiriu um escritório na cidade por R$ 882 mil. Os dois imóveis foram comprados por uma empresa da qual ele possui 99,9% do capital.
- Nos quatro anos em que exerceu o mandato de deputado, Palocci recebeu em salários R$ 974 mil, brutos. A quantia é insuficiente para pagar os dois imóveis que ele
adquiriu. Os dois já foram quitados, de acordo com documentos aos quais a Folha de S.Paulo teve acesso.
- E Em 2006, o ministro vivia numa casa em Ribeirão Preto, no interior paulista. Em sua declaração à Justiça Eleitoral, ele estimou em R$ 56 mil o valor da casa, que ainda pertence a Palocci.
O IMÓVEL - O apartamento comprado por Palocci fica nos Jardins, bairro nobre da zona sul, e ocupa um andar inteiro do edifício - 4 suítes; 502 m2 de área útil; 5 vagas na garagem e 3,8 mil mensais de condomínio.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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