A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
NÃO HÁ BLINDAGEM CONTRA A DÚVIDA
JOÃO BOSCO RABELLO, O ESTADO DE SÃO PAULO, 20/05/2011
O governo demora a perceber que não há blindagem possível contra a dúvida e insiste na decisão de preservar o ministro Antonio Palocci sem abrir as informações sobre a sua consultoria.
A dúvida de hoje em relação a Palocci foi certeza ontem com sua antecessora no cargo, Erenice Guerra. Dela ficou provado o tráfico de influência, dele fica a suspeita de igual conduta enquanto prevalecer o argumento da confidencialidade dos contratos de sua empresa.
Argumento, por sinal, que se situa naquele terreno da meia-verdade: não se cobra o conteúdo dos contratos, mas os nomes dos clientes – o que bastaria para uma avaliação sobre a legitimidade da dupla função de ministro e consultor.
Como menos que meia-verdade foi a precária comparação com ministros de outros governos cujas circunstâncias em nada se assemelham às de Paloci.
Nenhum caso mencionado é igual: Pedro Malan, Pérsio Arida, Armínio Fraga e outros não voltaram à vida pública após cumprir as quarentenas de lei e se colocarem no mercado como consultores ou empregados.
Na tentativa de blindá-lo o governo ultrapassou os limites do bom senso e promoveu, através de suas lideranças no Congresso cena inédita de obstrução física a deputados, impedidos de entrar em ambiente de reunião política, conforme noticiam os jornais hoje.
O deputado gaúcho Rubens Bueno, líder do PPS, foi impedido pela Polícia Legislativa de entrar na sala da Comissão de Finanças e Tributação para evitar quórum à votação de requerimento de convocação do ministro para esclarecer seus negócios.
O presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-SP), em viagem providenciada para esvaziar a votação do Código Florestal, deve explicações sobre esse episódio pelo que encerra de autoritarismo. Fica a pergunta: por orientação de quem a Polícia Legislativa cometeu ato tão grave?
Esse comportamento de recusa à transparência vai transformando o episódio em crise – a primeira com potencial para exploração pela oposição que, para bem do governo, não está tão animada como setores da própria base aliada em agravar a situação do ministro.
Levar às últimas conseqüências a defesa de Palocci baseada no cerceamento da informação essencial, contribui para o deterioramento das relações com o Legislativo num momento especialmente importante para o governo: além do Código Florestal outros projetos, como o dos royalties do petróleo, estão na fila para decisão parlamentar.
Além de tudo, a estratégia mantém no cargo um ministro sob suspeita, cuja inteligência política, capacidade de articulação e, principalmente, poder de sedução, vai sucumbindo a condutas que já lhe custaram o cargo de ministro da Fazenda e danos consideráveis à imagem.
O apartamento de R$ 6,6 milhões de Palocci - TV Estadão | 19.5.2011
No ano passado, a empresa do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, adquiriu um apartamento no bairro nobre dos Jardins, em São Paulo. Veja a fachada do luxuoso imóvel.
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